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CONVERSANDO COM KATIA - PEDRO SILVA


Querido leitor.

Estou criando um quadro neste meu blog que se chama “Conversando com Katia”, onde vou entrevistar poetas, autores e escritores brasileiros ou estrangeiros, trazendo grandes novidades no meio literário para vocês. “Conversando com Kati” irá apresentá-los, além de saber como foi o passo a passo ao criar suas obras.

Hoje, apresento a vocês o escritor português Pedro Silva, primeiro entrevistado do quadro.

Vem comigo! 

Beijos meus!

ENTREVISTA 

Fale-me de você! 
Qual seu Nome?:  Pedro Silva
Data de nascimento: 1977
Cidade/estado onde nasceu: Portugal
Cidade/estado onde vive: Portugal
Site para venda de livros:       https://pedrosi7va.wixsite.com/ps77 

1- Quando percebeu que tinha o dom da escrita a seu favor?
Resposta: Não sei, até hoje, se tenho o dom da escrita. O que sei é que, desde os meus 5 anos de idade, que garantia a pés juntos que queria ser escritor. E que, se um dia conseguisse publicar um livro, iria assinar apenas como "Pedro Silva". Consegui cumprir esse sonho à minha saudosa avó materna Diamantina.

2- Quais são os livros e escritor preferido que o inspira a escrever?
Resposta: Com o passar dos anos, tive vários autores que muito apreciei. No entanto, talvez o livro e autor que mais me tenham marcado seja, efetivamente, "A Metamorfose" de Franz Kafka. É, como sabeis, um livro complexo mas que, lido e relido, acaba por ser sempre surpreendente. E isso fascina-me.

3- Como surgem as ideias para escrever, em que momentos do dia?
Resposta: Não existe um momento pré-definido para que a ideia surja. No entanto, talvez o chamado crepúsculo seja a melhor altura. E isso pode estar conectado com a necessidade de reflexão e de tranquilidade.

4- Precisa de silêncio absoluto ou prefere algum gênero musical?
Resposta: Tal como frisei na questão anterior, careço de calma para poder produzir em termos literários. Daí que, entre as duas hipóteses, tenha de escolher o silêncio absoluto. Porém, se a minha escrita tivesse algum gênero musical como acompanhamento, seria, sem sombra de dúvida, a Bossa Nova.

5- Já tem alguma obra lançada no mercado? Se várias, qual a favorita?
Resposta: De facto, tenho várias obras lançadas no mercado. Neste momento (finais de 2018) tenho 70 livros publicados. É extremamente complicado, a um autor, escolher a sua obra favorita - seria o mesmo que pedir a um pai para selecionar, entre os seus filhos, qual o que prefere. Porém, creio que o primeiro livro tem sempre um cariz particular, pela sensação que provoca no autor recém-publicado.

6- Atualmente, cada vez é mais difícil publicar um livro, principalmente devido a motivos financeiros. Qual foi a sua maior dificuldade na publicação dos seus, caso já tenha publicado?
Resposta: Dado que publiquei, pela primeira vez em 2000, em uma altura na qual não havia essa questão de "print on demand", "livros virtuais" e afins de uma forma tão evidente, julgo que nessa época ainda se publicava de acordo com a qualidade da obra propriamente dita. Hoje em dia, suponho que os novos autores tenham de enfrentar outra questão - qual deles tem melhor marketing pessoal. Sinais dos tempos...

7- Compare a situação do Brasil na literatura, relativamente aos outros países. Acha que teria mais ou menos sucesso se publicasse as mesmas obras em outro país?
Resposta: Sendo um escritor português, fica difícil responder a essa questão. No entanto, de uma perspectiva exterior, há dois pontos que posso somar a essa equação - daquilo que conheço, o Brasil tem autores de excelência (quer os consagrados, quer as novas gerações) e, por outro lado, tive a grata felicidade de sempre ter sido bem recebido pelos editores brasileiros. Portanto, nada tenho a queixar-me do mercado editorial no Brasil.


8- Qual seu gênero literário?
Resposta: Sou, sobretudo, autor de ensaio histórico. Ainda assim, já me abalancei por ficção (para adultos, para adolescentes e infanto-juvenil). Também publiquei, crônicas e romance. Enfim, procuro diversificar o máximo possível. Mantenho, ainda, o sonho de um dia publicar banda-desenha (que, no Brasil, apelidam quadrinhos).

9- O que o motiva a escrever?
Resposta: Escrevo por prazer. É essa a minha motivação. Não existe uma voz interior, nem uma urgência - como, por vezes, escuto de outros autores. Faço o que gosto, sem obrigações de qualquer gênero. Enquanto assim for, continuarei.

10- Houve preocupação em se dirigir a um tipo de leitor especificamente? Que reação espera do leitor ao ler o que escreve?
Resposta: Tal como procuro enquanto escrevo, ambiciono o mesmo para o meu leitor - que sinta prazer na leitura daquilo que eu produzo em termos literários.

11- Falemos de cama: adormecendo lhe vem uma ideia, deixa para pensar no dia seguinte ou levanta-se de um salto, alucinado?
Resposta: Creio que nenhum escritor deixaria para o dia seguinte, não é mesmo? 

12- Sentimentos negativos como ódio, ciúme, inveja, vingança são motores bem regulados para a criação de uma obra?
Resposta: Se forem ficcionais, creio que sim. Ainda que eu seja, sobretudo, um autor de não-ficção.

13- Cercado de baixo-astral por todos os lados, insiste em escrever por que...
Resposta: Na verdade, se eu estiver cercado de baixo-astral por todos os lados, na verdade não insisto em escrever. Prefiro parar, auxiliar e levantar o astral aos que me rodeiam e, só depois, concentrar-me na escrita. 

14- O que lhe atrai mais: versos livres ou formas fixas?
Resposta: Atendendo a que venho da área mais académica, talvez as formas fixas façam mais parte do meu estilo. Ainda que o que me atrai na escrita é criar o meu próprio caminho. Acho que, na literatura, não existe lugar para seguidismos. Devemos conhecer os grandes mestres, porém não imitá-los. Por outro lado, isso não significa abastardar a língua.

15- Tem alguma ideia amadurecendo?
Resposta: Existe sempre uma ideia fervilhando na mente de um escritor. Mas isso não significa que ela se converta necessariamente em algo concreto. Por vezes a ideia é substituída por algo mais profícuo ou, até, fundida em outra ideia maior. A vida de um autor é bem volátil: acho que é isso que faz de nós encantadores de leitores.

16- Você chega a consultar dicionários, enciclopédias, listas telefônicas, guias turísticos, mapas, gramáticas, banco de dados, ou até mesmo bibliotecas?
Resposta: Não chego a ir tão longe quanto as listas telefônicas :) mas gosto de fazer pesquisas. Aliás, a isso sou obrigado, pois escrevo não-ficção.

17- Qual foi o seu primeiro e decisivo ato literário?
Resposta: Sem dúvida, o dia em que enviei uma carta (na altura em que ainda se enviavam cartas em papel) a um editor, propondo a análise do meu primeiro livro. Aí, sim, estava dado o primeiro passo para me tornar escritor: expor o meu trabalho e sujeitar-me às críticas externas.

18- E o computador? A parafernália informática? Você convive com a tecnologia de sua época?
Resposta: É inevitável, hoje em dia, ter de conviver com a tecnologia. Ainda assim, reduzo-me ao mínimo essencial. Mas não dispenso o computador e o correio electrónico. O resto, como - por exemplo - as redes sociais, dispenso-as...

19- Quando olha para trás sua maior satisfação é poder dizer que...
Resposta: ...consegui publicar um livro. Era esse o meu sonho em criança e adolescente. A partir daí, tudo foram expectativas suplantadas.

20- A parte da emoção é maior na sua obra ou em sua vida?
Resposta: Sem dúvida, na minha obra. É através dos meus livros que vivo de forma emocionada. A minha vida é sensaborona mesmo. 

21- Além de escrever, o que mais faz?
Resposta: Tenho a vida profissional idêntica a qualquer pessoa e a vida simples de um ser humano. Com altos e baixos. Alegrias e tristezas. Um escritor é apenas um profissional da escrita.

22- Suas paixões avassaladoras descritas em suas obras são...
Resposta: Nunca descrevi minhas paixões avassaladoras nas minhas obras.

23- Uma mensagem a alguém especial?
Resposta: Queria agradecer aos meus leitores brasileiros o facto de, após quase 20 anos da minha presença, enquanto autor no vosso país, continuarem a ter paciência para meu ler. Isso deixa-me muito feliz e, por isso, vos agradeço de coração.

24- Quem é você no íntimo? Quando está só em seu momento de introspecção...
Resposta: Apenas e só alguém / Mais do que ninguém...

Pedro Silva.


Natural da cidade de Tomar – Portugal, é Licenciado em História e Patrono  da Biblioteca Municipal Dr. Pedro Silva situada em São Martinho Grande (Ribeira Grande de Santiago - Cabo Verde). 

Pedro Silva é, igualmente,  pós-Graduado em Estudos Portugueses Multidisciplinares, Cidadão Honorário  da Cidade Velha (Ribeira Grande de Santiago - Cabo Verde) e Medalha  municipal de Mérito – Grau Ouro pela Câmara Municipal de Tomar.

Da sua lista de publicações, algumas fazem parte os seguintes títulos, com  
referências às respectivas reedições, traduções e publicações em outros  países:


1) «Ordem do Templo: Em Nome da Fé Cristã» (Ulmeiro, Portugal, 2000)  Ensaio; "História e Mistérios dos Templários" (Ediouro, Brasil,  2001); "Templários (Ordem Militar e Religiosa)" (Catedral das Letras,  Brasil, 2005); "Historia y Misterios dos los Templarios" (Euedito,  Portugal, 2011) Não Venal.

2) «Escritos Errantes» (Publicações Senso, Portugal, 2002) Ficção; "O Sol de Rita" (Corpos Editora, Portugal, 2006); "Já Passou" (Corpos Editora,  Portugal, 2006).

3) «Ku Klux Klan: Pesadelo Branco» (Magno Edições, Portugal, 2003)  Ensaio; "Os Impérios Invisíveis da Maçonaria e do KKK" (Euedito, Portugal,  2014); "Sociedade Secreta Ku Klux Klan: Desvendando os Mistérios" (Editora  Mikelis, Brasil, 2018).

4) «Tripla Imparável» (Magno Edições, Portugal, 2005) Ficção.

5) «Os Templários e o Brasil» (Flâmula Editora, Brasil, 2005) Ensaio.

6) «Templários em Portugal» (Ícone Editora, Brasil, 2005)  Ensaio; "Templários em Portugal" (Dinalivro/Ícone Editora, Portugal,  2005); "Templarios (Cruz y Medialuna)" (Bajo Los Hielos, Chile, 2007)  co-autor; "Codex Templi" (Zéfiro, Portugal, 2007) co-autor; "Los Templarios  en España y Portugal" (Europa Viva, Espanha, 2008); "Historia Misteriosa de  España y Portugal" (Europa Viva, Espanha, 2009) co-autor; "Portugal (país  de tradição)" (Ramiro Leão, Portugal, 2010); "Portugal - Apologia Humana e  Lusitana" (Thebooksonthetable, Brasil, 2011); "Primórdios Místicos de  Portugal" (Ministério dos Livros, Portugal, 2011); "História Mística dos  Templários" (Euedito, Portugal, 2014).

7) «Confraria Mística Brasileira: a História» (MAP, Brasil, 2006) Ensaio.

8) «Símbolos e Mitos Templários» (Centauro Editora, Brasil, 2006) Ensaio.

9) «Mistérios da Humanidade» (Via Occidentalis, Portugal, 2006) Ensaio; "Os Grandes Mistérios da Humanidade" (Axcel Books, Brasil, 2006); "Mitos y Misterios del Mundo" (Corona Borealis, Espanha, 2010); "Enigmas de la Humanidad" (Corona Borealis, Espanha, 2012); "História Mística da Humanidade" (Euedito, Portugal, 2014).

10) «Roteiro Místico de Portugal» (Editora Leitura, Brasil, 2006) Ensaio.

11) «Assassini (uma seita esotérica)» (Via Occidentalis, Portugal, 2006)  Ensaio; "Assassinos" (Pulso Editorial, Brasil, 2006); "A Ordem dos  Assassini" (Pulso Editorial, Brasil, 2009).

12) «A vida portuguesa como ela é» (Matrix Editora, Brasil, 2006) Ficção.

13) «História dos Lusitanos» (Editora Prefácio, Portugal, 2006)  
Ensaio; "Memória dos Lusitanos" (Edições Viriato, Portugal, 2016).

14) «Romance na Net» (Idea Editora, Brasil, 2006) Ficção / co-autor.

15) «O Código da Maçonaria» (Universo dos Livros, Brasil, 2007) Ensaio; "O  Código da Maçonaria" (Letras Itinerantes, Portugal, 2015)....


Capa do Livro em pré-lançamento na cidade onde reside em Portugal:



Outros livros à venda pelo site: https://pedrosi7va.wixsite.com/ps77




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Confio em pessoas que falam em transformação e mostram boas atitudes. Que mostram o potencial que tem em exemplos e não apenas palavras. Que se beneficiam de seus feitos, não de defeitos alheios. Observo muito bem as pessoas por que são as peças que elas usam no jogo da vida que mostram seu verdadeiro caráter.
KatiaGobbi